terça-feira, 12 de dezembro de 2006

A natureza sempre tão presente....

Por vezes, por estarmos tão formatados, esquecemo-nos da importância dos pormenores e perdemos a capacidade de nos surpreender e reagir perante eles. E eles surgem na nossa rotina de uma forma tão simples e natural, por isso, orgulho-me por ainda manter o meu olhar de criança e conseguir excluir-me desta sociedade pré-fabricada e trocar as voltas à vida com atitudes de aparente loucura! Cada vez agradeço mais o facto de estar viva e de ser amante disto! Por mais imperfeito que nos possa parecer por vezes, é tão bom ter esta noção de simplicidade! Aprendermos tanto em cada dia que passa, se estivermos atentos aos pormenores da natureza e tudo o que ela nos concede! A poesia da vida é esta! Do mesmo modo que amo tudo isto, gosto de gostar de ti…

sábado, 2 de dezembro de 2006

Um dia de sentimentos...

Sinto-me tão bem hoje! A casa mergulhou numa escuridão confortável e estou apenas iluminada por um sem número de pequenas luzes espalhadas por todas as divisões, como pequenos anjos de luz. O ambiente está tranquilo e quente, quase como um ventre materno onde somos amavelmente recolhidos… sinto que quase posso voar. Gosto tanto de viver assim. Apenas sinto falta das tuas palavras doces, fora isso estou no auge da felicidade! Adoro esta solidão aparente… este escuro… esta paz e adoro-te, isso faz-me tão feliz!

A partilha...

Fala-me de ti...
Deixas-me fazer parte de ti?

Confissões...

Posso confessar-me? Hoje sonhei contigo, um sonho completamente surreal, a concretização de mil desejos do inconsciente que nem sabia que tinha em mim… e dormi lindamente. Acordei na minha melhor disposição. Há dias assim, em que estamos mais sensíveis a estes desejos, há dias em que estamos mais susceptíveis aos nossos sentimentos mais íntimos e desconhecidos, e visto que é algo pouco exequível, fico-me pela felicidade virtual. Quero apenas pedir-te desculpa por ter feito de ti alvo de mil e uma aparições.

A existência como a pura realidade!

Será a tua existência pura realidade? Ou será apenas um refúgio meu que busca em ti alguém com quem possa partilhar pelo simples prazer de partilhar? Gostava que isso não fosse apenas um sonho… as velas acessas acompanham-me neste fim de tarde, neste quarto onde a escuridão é bem-vinda e a música um elemento fundamental e estimulante. Adoro esta paz! Adoro-me e isso deixa-me de bem com a vida. Queres fazer parte dela?

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Haverá explicação para tanta inspiração?

As tuas palavras são uma doce melodia para o meu sentido musical. Em cada sílaba uma nota envolvente… em cada frase exclamada uma pauta harmoniosa de inebriantes emoções que me fazem desejar toda a sonoridade que há em ti!! Este ritmo que nos impulsiona avidamente um para o outro, como a clava para o sol, como o rio para a lua, faz o meu pensamento mover-se à velocidade da luz numa calma nervosa e desejada. És tão importante em mim como o som é para a vida! Desejo a nossa aproximação como o farol deseja a luz, como o sol deseja a montanha onde renasce diariamente… obrigada por fazeres de mim esta Fénix irremediável! Amo-te essência de jasmim…

Mãe Natureza, alguém lhe dá o devido valor?

O cheiro da terra vence finalmente o odor asfixiante do carbona expelido pelas criações tecnológicas da nossa espécie auto-destrutiva. As cores do vento sobrepõem-se finalmente ao piscar frenético dos neons de publicidade afixados em cada montra. As águas da chuva correm livremente pelo seu jeito natural e outras, que preferem declarar o seu aparente óbito, mostrando a sua revolta pela desvalorização que sofrem diariamente, estacionando-se no caminho dos que não sabem ver para se deixarem ser admiradas no auge da sua existência. E eu, que com o olhar lânguido, longe do mundo consumista, sinto-me privilegiada por poder assistir às maravilhas da Natureza… enquanto isso, o meu corpo move-se no ritmo saudoso do pregão do homem das castanhas assadas!

A música...

Hoje aprendi a fazer música com romãs, cebolas, nozes, paus, folhas, pedras, conchas. Sinto melodia em cada passada por sobre as folhas deitadas na rua, sinto ritmo a cada batida cardíaca, sinto harmonia em cada respirar… toda eu sou música, toda eu sou vida que não termina nunca… Está frio mas sinto a alma mais quente do que nunca!